25/09/2010

O dueto dos Bondes


    A famosa nacionalmente Bonde do Forró e o emergente Bonde do Balanço dividirão o mesmo palco, no dia 10 de outubro, no Ginásio Municipal de Esportes, em São Francisco de Assis.
    Os anfitriões receberão com muito carinho o Bonde do Forró e esperam você lá.

Você já rotulou alguém?


Impressionante mas nem a modernidade e evolução que a raça humana sofreu, impediram que pessoas ainda continuassem julgando as outras sem conhecê-las. Falo do velho e conhecido "rótulo", aquela imagem pré-concebida que fazemos de determinada situação, ou do comportamento de determinada pessoa. Começando de forma bem "light" podemos citar o exemplo da pessoa que não se abre com ninguém, logo é rotulada como antipática ou como introvertida. Agora se ela conversa com todo mundo, logo ganha o rótulo de fofoqueira ou de carente. Tudo acaba dependendo do contexto e da forma como a pessoa se coloca. Mas existe casos em que a própria pessoa se rotula, os adolescentes são um exemplo disto, porém a adolescência é a fase de experimentar coisas novas, mas não para nos deixarmos dominar pelo medo, porque ninguém pode viver sua vida por você, nem, seus pais. Como ninguém poderá fazer o tempo que passou voltar atrás, como tentativa de recuperar as coisas perdidas. Agora para desenvolvermos uma linha de raciocínio vou contar uma breve história: "Um homem cortava árvores com um machado e vendia a lenha. Gostava muito da sua ferramenta. Um dia o seu machado preferido desapareceu. O homem procurou-o, mas foi inútil; não conseguia mais encontrá-lo. Convenceu-se que alguém o tinha roubado. Por causa disso, começou a espiar o filho do vizinho. Fazia muito tempo que não gostava do jeito dele. Agora que o observava bem, não tinha mais dúvidas: o andar dele era de ladrão, a cara e o olhar dele, também. Até os cabelos compridos eram de ladrão. Só podia ser ele quem tinha pego o machado. Precisava desmascarar o criminoso. Após alguns dias, porém, varrendo a casa, a mulher encontrou o machado sumido. Estava debaixo do sofá, onde o próprio marido o tinha jogado voltando do trabalho. O homem ficou feliz e reparando novamente o filho do vizinho decidiu que, talvez, o andar dele não fosse de ladrão, nem a cara, nem o olhar e nem os cabelos. Contudo, melhor desconfiar, nunca se sabe". Essa pequena história nos lembra como é fácil rotular as pessoas. O fazemos seguindo os nossos gostos, as nossas idéias e, na maioria das vezes, os nossos pré-conceitos. Depois é difícil desfazer os rótulos; quando o percebemos eles já estão bem colados nas pessoas e essas os carregam a vida inteira. É difícil aceitar e acolher os outros como eles são, sem querer julgá-los ou classificá-los, conforme os nossos esquemas mentais. Mais difícil ainda é nos alegrarmos com a melhoria deles.Aconteceu também com Jesus, voltando para a sua cidade natal, Nazaré. O rótulo dele era aquele de ser o filho do carpinteiro, de ser pobre, do interior, do norte. Era verdade que agora ele revelava uma nova sabedoria, tinha gestos diferentes, e alguns diziam que fazia milagres. Contudo, para o povo de lá, continuava sendo o mesmo de alguns anos antes. Não queriam admitir que tivesse mudado.Por que é tão difícil reconhecer que as pessoas podem mudar, inclusive para melhor? De onde nos vem tanta desconfiança? A resposta é simples: - Primeiro porque se admitirmos a mudança do outro, que agora se apresenta diferente de como o tínhamos rotulado, deveríamos reconhecer que erramos. Fica mais cômodo continuar a pensar que nós estamos certos e que só mudaram as aparências dele, a substância, porém, ainda é a mesma. Tudo disfarce. Porque nós nunca erramos. - A segunda razão é pior do que a primeira. Excluir que as pessoas possam mudar nos permite também continuar a sermos o que somos; na maioria das vezes, acomodados em nossa mediocridade, ou em nossa ilusória superioridade. Reconhecer que seja possível mudar significaria admitir que nós também poderíamos ou deveríamos mudar. Isso nos incomoda e nos deixa inseguros. Muito melhor manter as nossas idéias, os nossos rótulos, porque isso nos faz sentir bem, na nossa segura e cômoda desculpa que sempre defendemos: mudar é impossível. Este tema foi sugerido por duas grandes personalidades de nossa cidade, as quais vou preservar a identidade, mas agradeço de coração.

Texto publicado no Jornal O Sentinela, no dia 24/09/2010.

22/09/2010

Parabéns a todos os Contadores.


Dia 22 de setembro é o dia do Contador por isto algumas considerações a meus colegas:
O seu dia é especial, porque você é especial!
Pois você contribui de várias maneiras à vida econômica e social do país:
- pelo seu admirável empenho em várias frentes de trabalho;
- pela sua participação imprescindível na obtenção de recursos para os Conselhos Tutelares da Criança e ao Adolescente, mediante dedução do IR;
- pela sua força moral, ao apoiar movimentos contra o aumento de tributos, como a MP 232 e a extinção da CPMF;
- pela sua capacidade e inteligência, facilitando o caminho das organizações;
- pela sua busca contínua de informações vitais ao equilíbrio das empresas e instituições;
- pelo seu trabalho na composição de dados para fundamentar as grandes decisões dos dirigentes;
- pelo seu papel insubstituível na nova fase de transparência das administrações públicas, como pede a Lei de Responsabilidade Fiscal;
- pela sua integridade moral e disposição de lutar contra a fraude e a corrupção;
- pelo seu amor ao Brasil;
- pela sua capacidade de renovação e adaptação aos novos tempos, assimilando conceitos e técnicas, entendendo a importância da educação e atualização permanentes;
- pela sua coragem de mudar e vontade de continuar crescendo!
Parabéns pela sua participação na construção de um mundo melhor!
Parabéns a todos os meus colegas!

Desejos de Sucesso,

Marcos Monteiro
Contador

21/09/2010

Dia do Radialista, comemorar o que?


Em 21 de setembro comemora-se o dia da árvore e também dia do radialista, sincera e honestamente não sei se temos algo a comemorar neste dia. O homem vem acabando com as árvores na sua ambição de produzir e ter no bolso o seu dinheiro de forma legal e na maioria da vezes até ilegal, e nenhum deles pagam pelos crimes ambientais que cometem pois são protegidos pelas Leis ou por políticos que tem interesse em não vê-los atrás das grades pois perdem sua "boquinha". No setor profissional do rádio a situação ainda é pior, eu até ia me passando sem fazer pelo menos um pequeno registro neste humilde espaço deste dia que para alguns muito importantes, mas, para outros já não vale mais nada pela desvalorização a que estão levando a profissão de rádio e o próprio rádio em si. Tempos atrás quem era radialista batia no peito e tinha orgulho de dizer que era profissional do rádio, eram respeitados por todos e faziam por onde prevalecer este respeito.


Hoje a coisa está mudada e qualquer um se torna funcionário de rádio com a maior facilidade, mesmo que não saiba de onde começou e para onde vai o rádio. As maiorias destas empresas pertencem a grupos políticos que estão poucos interessados no bem estar da comunidade e numa empresa de qualidade, colocando em sua direção ou até mesmo para comandar programas qualquer um, sem nenhum preparo prévio e que só estão ali por serem "cupichas ou puxa sacos" dos senhores feudais donos das empresas de rádios. Alguns destes proprietários esquecem que eles montam uma empresa de rádio e ela se torna de utilidade pública, querem manter a mesma como se fosse o quintal de sua casa ou sua fazenda onde pode tudo e os funcionários tem que se submeterem a qualquer tipo de mazelas, infelizmente ainda existem pessoas que gostam disto, serem humilhadas e pisoteadas por seus considerados "chefões" e ainda acham lindo, pisando naqueles que realmente fazem o dinheiro entrar nos bolsos destes donos de empresas de rádio.
São bem poucas as emissoras que pertencem a particulares e que deixam seus funcionários trabalharem à vontade e com responsabilidade, com isto ganha o apoio e prestigio de uma comunidade. Sincera e honestamente não sei se os verdadeiros radialistas e não os "picaretas" de plantão têm hoje o que comemorar, aqueles que caíram em uma emissora de rádio de pára-quedas até pode ter o que comemorar, mas os verdadeiros profissionais hoje devem querer esquecer que são radialistas de verdade. Fui lembrado pela passagem do dia através de um telefonema por uma pessoa a quem tenho grande admiração, por que se não fosse isto, a data passaria sem uma lembrança da minha parte como já aconteceu no passado e têm acontecido nos últimos anos. Junte a tudo que foi escrito no texto em que você ainda ler, as brigas internas entre os que trabalham em rádio e bradam aos quatro cantos do mundo que são profissionais quando na realidade não passam de simples "mercenas", tem ainda o virar a cara para o lado quando um de outra rádio passa por quem está em determinado local.
Refiro-me aqui a falta de união que existe na categoria, pois aqueles que hoje estão chegando não respeitam ou não querem respeitar os que já estão na profissão a muito tempo, se achando os melhores ou os verdadeiros pops stars, existem alguns destes elementos que hoje estão infiltrados no meio radiofônico por que o dono da rádio lhe deve um favor ou por que ele tem um bom padrinho, para entrar na área por baixo, mas bem por baixo mesmo da porta ou de uma janela. Alguns caem até de paraquedas e não sabem onde estão e acham que são os verdadeiros donos da "cocada preta", existem ainda aqueles que só sabem mandar um abraço aqui outro ali e quando cai em suas mãos um texto para ler de "bate pronto" mostram que não estão prontos para estar no local em que lhes deram de graça ou em pagamento de uma divida política. É lamentável como estão fazendo rádio hoje em dia, sei muito bem que intrigas e fofocas existe em todo e qualquer ambiente de trabalho, mas em se tratando de um dos mais poderosos meios de comunicação a coisa poderia ser bem diferente, com mais união entre os que estão militando nos meios radiofônicos, mas como diz o velho ditado popular é "cada um puxando a carne para sua brasa" ou a lei de murici " cada um para si", quando na realidade todos deveriam ser unidos para que a classe fosse fortalecida e mais respeitada como já foi no passado.
Hoje quem está fora de rádio é tratado como marginal por quem está na atividade e sem nenhuma consideração a história de quem na verdade fez o rádio com respeito é hoje jogada no lixo e apagada da vida de quem tenta a todo custo mostrar aos seus "chefes" que são os bambans da sua sintonia. Na realidade ninguém é melhor que ninguém somos todos iguais perante Deus, alguns são diferenciados porque lêem mais procuram se adaptar as novidades de momento, mas nem com tudo isto tem o direito de querer passar por cima dos outros como se fosse um trator desgovernado.
Mas, como já ouvi de certa pessoa ainda na ativa em anos passados e por diversas vezes que para ele conseguir o que queria "passaria até por cima da própria mãe" não me surpreendo mais com tudo que ainda vejo hoje em dia com estes que ai estão. Seria muito bom que hoje fosse um dia para ser comemorado pelos verdadeiros profissionais e não pelos que "puxam saco", "bajulam" ou até mesmo vendem a "alma ao diabo" para continuar nos meios radiofônicos. É triste e lamentável que isto aconteça ainda nos dias de hoje, mas o pior que acontece e com grande frequencia. Na era da informática, da globalização e em pleno Século XXI, mas fazer o que! É como diz certo cidadão "fais paite" (é isto mesmo fais paite e não faz parte) só que desta estou fora e bem fora graças a Deus. Aos verdadeiros profissionais de rádio meus parabéns e meus respeitos, agora aos "picaretas e piratas do rádio" que continuem puxando saco dos patrões que com certeza terão pela frente um futuro "brilhante". Dia da árvore e do radialista, comemorar mesmo o que?

                                                                                   Autor: Innaldo Sardinha

Microfone - Ética e seu poder


Quando pensei em escrever este artigo, vi um horizonte amplo no campo da comunicação radiofônica; pois a mistura microfone, comunicador e ética são pontos que devem andar juntos para que possamos construir equilíbrio no que podemos chamar de autocensura.
Às vezes o comunicador na sua empolgação não percebe o potencial que possui esse pequeno instrumento (o microfone) no que tange em conduzir informações instantaneamente e acaba atropelando palavras sem observar a força que elas têm e deixa escapar do seu controle o que de melhor deve possuir dentro da profissão, a ética; é de suma importância para o profissional do microfone, saber que ele é um formador de opinião, que existe um universo de ouvintes e que são multiplicadores da mensagem recebida, e como formador de opinião deve-se policiar para não induzir uma comunidade, uma categoria etc. a cometer delitos ou criar situações que possam ferir um bem público, denegrir a imagem de alguém ou até mesmo submeter-se a constrangimentos sem ter conhecimento do que se fez.

É evidente que o uso do poder de formador de opinião deve ser usado, quando para educar, colaborar na fomentação da cultura, da saúde, da sociabilidade, enfim; quando for para o bem da coletividade, pois o profissional do rádio tem um compromisso de responsabilidade social, mas sua postura tem que ser transparente e construída dentro de uma linguagem clara para que seu ouvinte também se informe e forme seus pensamentos de maneira ética, saudável, e coerente.

Hoje milhares de rádios existem no Brasil levando alegria, entretenimento e informação, aproveito aqui para relembrar de programas que marcaram épocas nos tempos áureos da comunicação de rádio tais como: Roquete Pinto, (fundador da primeira emissora de no Brasil) repórter Esso, as radionovelas, os narradores de futebol que serviram de exemplo para muitos como: Waldir Amaral, Jorge Cury, José Carlos Araujo, Osmar Santos, aqui na Bahia posso destacar: Djalma Costa Lino, Nilton Nogueira, dentre tantos outros que se tornaram ícone no ofício dessa profissão.

Neste dia quero homenagear todos os radialistas.

Autor: Guto Santos - Repórter.

Quase - Luís Fernando Veríssimo

Ainda pior que a convicção do não, a incerteza do talvez é a desilusão de um "quase". É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!

17/09/2010

Semana Farroupilha, comemoração e esquecimento dos problemas



Para início de conversa já abro que temos tudo a comemorar: a vida, as tradições, a cultura, a gastronomia, a hospitalidade, a energia do povo e um rol de bons acontecimentos que se seguiram ao descontentamento generalizado do povo rio-grandense por volta de 1835. Claro que esta data é apenas um marco para nos situar no tempo, uma vez que tivemos antecedentes importantes e as consequências ainda hoje se encontram vivas entre nós.

Naquela época os impostos já incomodavam. O povo pagava certinho e a aplicação era duvidosa. A falta de habilidade das autoridades constituídas para resolverem as questões que surgiam também era flagrante. A rivalidade entre os dois maiores partidos políticos (liberais e conservadores) se constituía numa batalha diária e acirrada. O descontentamento do povo gaúcho com os atos da coroa levou os líderes a conspirarem e se articularem para separar o Rio Grande do Sul do resto do Brasil. Seríamos uma república independente.

E o que temos nos dias atuais? Muitas semelhanças políticas, históricas e ideológicas. Claro que em proporções maiores e mais sérias, pois a população é muito maior e os problemas se acentuaram. Mas a raiz de tudo, a meu ver, continua centrada na administração pública que teima em não se separar da administração pessoal, em causa própria. O sistema de compadrio, tão comum e aceito na época, hoje é inconstitucional. Inconstitucional? Não sei, somente para alguns casos, pois os demais continuam sendo legalizados através de atos secretos e falcatruas.

Crise política no Estado continuamos tendo, mas assim como na Revolução Farroupilha as coisas vão se acomodar e a história se encarregará de contar as peripécias que ficarão "em segredo". Outra semelhança que chama a atenção é a crise entre os partidos. Mas esta é ininteligível. Na época da Revolução Farroupilha era fácil entender e saber de que lado alguém estava, pois os lados acompanhavam a descrição dessa palavra do dicionário: só existem dois lados. Hoje, os lados possuem outras conotações, eles valem de conformidade com a conveniência da cidade, das pessoas, das composições políticas. Dá para aceitar que dois partidos sejam afins numa cidade e perto da mesma, num raio de poucos quilômetros, sejam oposição?

Por isso que eu entendo a dificuldade dos alunos em entender e interpretar os textos: as palavras se perderam no caminho, os dicionários, tal como as leis, são feitos para ocupar papel e lugar no espaço e não para serem cumpridos. Se fossem o lado continuaria sendo o que deveria ser. E seguindo o "lado" temos a moral, a vergonha, o interesse, o parentesco, enfim, as palavras estão perdidas tanto no seu uso quanto no seu significado. E para os achar novamente teremos que ter uma re-leitura do Brasil.

Mas, na Semana Farroupilha, o som da gaita e a alegria dos ranchos vão amenizar muitas situações. Depois, voltaremos à realidade.

Publicado no Jornal O Sentinela no dia 16/09/2010

10/09/2010

A sede do saber


O título acima nos abre um leque muito grande de possibilidades que podemos imaginar quando pensamos em "buscar conhecimento". No nosso cotidiano, fazemos isto o tempo todo. A cada momento aprendemos coisas novas e passamos por situações inesperadas em nossas vidas, enfim, mesmo que não façamos esforço nenhum para adquirir conhecimento ele vem até nós. Evidentemente que falo do conhecimento empírico, o qual acontece no decorrer do dia, através de tentativas e erros num agrupamento de idéias, pelo senso comum, pela forma espontânea de entendermos as coisas. Uma forma de conhecimento superficial, sensitiva e subjetiva, ou seja, é o tipo de conhecimento que não precisa ter comprovação.

Num passado recente, este tipo de conhecimento tinha uma importância muito grande, usando como exemplo a administração de uma empresa, onde seus donos norteavam-se pelo "achismo", pelos "fatos históricos", ou seja, tomavam decisões seguindo suas intuições, baseados naquela velha história de "sempre foi assim". Outro exemplo no mesmo seguimento, eram as empresas rurais, que ao realizarem o plantio e determinados procedimentos baseavam-se no "sempre foi assim". Desconsiderando que existem técnicas para o plantio e todos os demais procedimentos realizados dentro de uma empresa rural, que poderiam otimizar os resultados obtidos, bem como numa empresa na cidade, se tiver uma forma correta de gestão poderá ter excelentes resultados e algo muito importante, se manter num mercado altamente competitivo.

Enfim, fiz questão de traçar esta linha de raciocínio para demonstrar o quanto é importante o conhecimento, para tudo em nossas vidas, inclusive para ser um cidadão responsável e comprometido com o meio social. Diante disto, não posso deixar de parabenizar diversas pessoas de nossa comunidade que receberam o certificado de conclusão dos cursos de Gestores Públicos Municipais, Formação de Agentes de Cidadania e Formação Política, evento que estive presente através do convite da formanda Professora Eva Carvalho e também na formatura ocorrida no ano passado fui convidado para realizar o Cerimonial de entrega dos certificados. Estas pessoas na busca de aperfeiçoarem-se como profissionais e cidadãos realizaram cursos que foram oferecidos pela Fundação Ulysses Guimarães, abrangendo conteúdos que foram desde o conhecimento da ciência política, bem como o entendimento do papel dos Poderes Legislativo e Executivo, direitos e deveres, e o preparo para ser um agente de cidadania. Todo este conhecimento foi disponibilizado, de forma gratuita e sem distinção de partidos, tendo a colaboração imprescindível do Senhor Mariano Carvalho, o qual desempenhou a função de Mediador das turmas, difundindo o conhecimento para mais de novecentas pessoas, de forma voluntária. Por esta atitude louvável deste ser humano, pelo seu desprendimento, quero de uma forma muito especial parabenizá-lo e desejar que Deus lhe dê muita sabedoria e vida para que possa continuar este bonito trabalho de educar o nosso povo.

Da mesma forma quero parabenizar a todos os formandos pela dedicação e dizer que se queremos um mundo melhor, temos que começar melhorando o lugar onde moramos, a nossa cidade e para isto cada um precisa fazer a sua parte, cada um precisa dar a sua parcela de colaboração, precisamos ajudar os administradores, afinal, eles estão lá nos representando, devemos sim ajudar, dar idéias, participar das audiências públicas e cobrar, mas saber o que cobrar, e vocês agora possuem um entendimento bem maior do funcionamento da máquina pública e saberão fazer isto muito bem.

Publicado no Jornal O Sentinela no dia 10/09/2010

03/09/2010

O Bonde do Balanço arrasou no show



A 4ª FEAGRO foi um sucesso em nosso município, muito mais ainda pelos excelentes shows que proporcionaram ao público que expressivamente se fez presente no dia 28 de agosto, onde tiveram a oportunidade de prestigiar dois grandes shows, o show de abertura da Layla Deleon e a Galera do Forró e logo após o Bonde do Balanço.

E por este motivo a turma do Bonde volta aos microfones da 104 FM para agradecer as diversas manifestações de carinho, apóio e incentivo que receberam das pessoas que se fizeram presentes.

A música atualmente está entre as mais pedidas na programação da Rádio. Como dia o vocalista Ednei Ramos "Isso é Bonde do Balaço cumpadi" – Definitivamente o balanço do Bonde é incomparável.

Embora tivesse aquela tensão do relançamento a rapaziada soltou-se no palco de tal forma que a galera dançou a noite inteira, da primeira a última música.

02/09/2010

Inveja


A inveja é um dos sentimentos mais difícil de serem eliminados da alma humana, pois trata-se de um dos vícios que mais causa sofrimento à humanidade. Sempre que houver exagerado apego à materialidade das coisas, simbolizando bem estar e status, aí estará a inveja, sobrevoando nossos pensamentos mais íntimos.

Porém é necessário dizer que há diferença entre inveja e cobiça pelo bem estar. Não há nada de errado em trabalhar para se conquistar o conforto necessário à sobrevivência e a eficiência em determinada atividade, sem causar prejuízo ao próximo. Se alguém possui um objeto ou uma virtude que nos falta, desejá-los com humildade e sinceridade não é inveja.

Agora quando ela surge sedutora, junto com um sentimento de perda, um vazio não preenchido por conta de nos acharmos mais merecedores de termos o que o outro possuiu, dominados por um pensamento mesquinho e destrutivo, neste momento acende a luz indicadora da inveja. Há pessoas que se colocam como cães de guarda, sempre alertas ao menor ruído, basta alguém se destacar em alguma área, por mais ínfima que seja, lá estará o invejoso, pronto para apontar o dedo e tentar minimizar o feito de seu próximo. Uma roupa diferente, um calçado da moda ou mesmo um brinco ou pulseira bem colocados, já torna-se motivo para elogios, nem sempre sinceros.

Interessante é a acepção desta pequena palavra, contida no dicionário Aurélio, "Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Desejo violento de possuir o bem alheio". E ela não surgiu agora, lembremos que os Fariseus foram invejosos na época de Jesus de Nazaré. Judas foi um invejoso. Barrabás, se ressentiu do carisma que o mestre possuía naturalmente, sem precisar lançar mãos de artifícios, poses e posturas, às vezes até necessárias para um político profissional.

Voltando aos dias atuais, quem nunca ouviu o termo "puxada de tapete"? Aquela que ocorre nas empresas, nos vários locais de trabalho, inclusive na família e onde quer que se reúnam pessoas. E sabe quais os ingredientes das tais "puxadas de tapetes"? A vaidade e o orgulho, esses dois gigantes da imoralidade, filhos do egoísmo, combinados proporcionalmente com a inveja, formam um trio de ferro corrosivo, uma espécie de três mosqueteiros às avessas. Geralmente sempre na busca de determinadas atividades que ofereçam poder, uma vez que é muito comum vermos subgrupos dentro de um mesmo grupo, a popular panelinha, que se arma contra os que conquistaram ao longo do tempo, o seu espaço por mérito moral e intelectual. Esses grupinhos promovem fofocas, queimam pessoas, formam lideranças como se fossem Judas, desmerecem o trabalho realizado e promovem intrigas. Tudo por inveja, não há dor de cotovelo que suporte o sucesso alheio. É por isso que a cobiça destrutiva, proporciona um quadro de morbidez e infelicidade para aquele que se alimenta desse sentimento maligno.

Agora você deve estar perguntando-se: Será que é ruim cobiçar a riqueza com o desejo de praticar o bem? O sentimento é louvável, sem dúvida, quando puro. Mas esse desejo é sempre bastante desinteressado? Não trará oculta uma segunda intenção pessoal? A primeira pessoa a quem se deseja fazer o bem não será muitas vezes a nossa?

Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com
Publicado no Jornal O Sentinela no dia 2/9/2010