26/04/2012

A conquista e a dúvida


Muitas pessoas pensam que o mais sublime e delicioso instante do amor se dava antes de ele ter acontecer: o chamado o flerte. Aquela troca de olhares furtivos mas profundamente interessados, aquele fingir de nada querer tudo querendo, aquele disfarçar de indiferença, deixando notar, no entanto, que não há outra meta mais importante  na vida naquele instante do que conquistar o alvo do flerte, aqueles desdéns planejados, estratégicos e maliciosos que intermedeiam o flerte, até o momento culminante desse jogo emocionante em que os quatro olhos se encontram e se fixam, aquele turbilhão de promessas imaginárias que exalam do flerte, talvez seja o flagrante mais elucidativo e saboroso do amor, maior e mais intenso e mais fogoso até do que o futuro contato dos corpos.

Mas seria o flerte o ápice exordial do amor? Seria o momento do êxtase do amor, este situado nas suas primícias? Porém não poucas são as pessoas que afirmam que o momento seguinte a este ficaria em primeiro lugar, que é quando, depois do flerte ou até mesmo da inexistência do flerte, se instalou na relação de amizade ou em qualquer aproximação entre um homem e uma mulher uma dúvida instigante e deleitosa: será que ela está me amando? Será que ele está me querendo? Ou apenas está sendo gentil e cordial comigo? Ou deseja apenas ser minha amiga? Ou sou mais uma das pessoas que a atraíram por atributos que nada têm a ver com o amor e que apenas se destacam por assinalada sociabilidade?

Insônia. É impossível se entregar ao sono quando esta dúvida ao mesmo tempo atordoante e deliciosa se instala na mente de alguém para quem falta apenas saber se o outro gosta e quer, para apaixonar-se perdidamente. Talvez não haja prazer mais extenso e abrasador que este: quando uma dúvida que falta pouco para se tornar certeza desejada toma conta de uma pessoa tocada pelas ondas anunciadoras do amor. É tão avassaladoramente saborosa esta dúvida que alguns que são por ela tocados pedem aos céus que seja adiada a solução, mesmo que venha a ser favorável. Torcem para que a vida não lhes tire tão depressa aquela sensação divina de esperança. E há até alguns que mesmo depois do amor consolidado preferem sempre ter em seu espírito esta dúvida como um nutritivo estímulo ao romance permanente.

Bem na verdade o que não se pode é deixar de viver qualquer uma destas situações que fazem com que nos sintamos mais vivos, plenos de uma felicidade que chega nos deixar com aparência ridícula, mas que se todas as pessoas fossem diariamente ridículas e não ridicularizadas, o mundo seria bem melhor. Talvez não tivéssemos tempo para praticar maldades e atos que gerem a nossa própria destruição.

Desejo um bom final de semana e aproveito este espaço para convidar você a conhecer o novo blog de nossa cidade, o N3, para o qual fui convidado a integrar, pelos amigos, Herton Couceiro e Rafael Tourem. Aquilo que é fato virará notícia no N3, acesse: canaln3.blogspot.com

Publicada dia 06/10/2011

05/01/2012

As férias melhoram a qualidade de vida.



Nesta época do ano a maioria das pessoas entra em clima de férias. São os filhos de férias da escola, temporadas de praia, de viagens, enfim, todas as atividades que proporcionam lazer e bem estar no verão.

Embora se tenha a consciência da importância do descanso, os profissionais ainda adiam suas férias por longos períodos. Quando o corpo é exigido, passa-se a trabalhar no limite de sua força mental e física.

O problema é que esta atitude desestrutura sua capacidade de produção
fragilizando sua saúde e seu estado emocional, podendo ser taxado também, como um profissional centralizador e incapaz de confiar em sua equipe, o que certamente ninguém quer.

            Tirar férias é tão sério quanto uma meta, um resultado não atingido ou mal administrado dentro de uma organização. O maior e melhor bem de uma empresa é o seu capital humano e ele deve ser cuidado e assistido para que possa produzir mais e melhor.

            Profissional feliz é profissional que produz e atinge resultados. Quando o profissional consegue “recarregar sua bateria” ele pode retornar ao trabalho mais disposto e com um aumento em sua capacidade de produção.

            É importante ter em mente que um colaborador demasiadamente fadigado, não consegue desempenhar suas funções com qualidade.

            Para que essa ausência seja administrada da melhor forma possível e desfrutada de maneira saudável, a organização deve participar e incentivar a programação das férias de seu colaborador.

            Nessa etapa, a empresa e profissional caminham juntos. A empresa deve sentir segurança na ausência do profissional, proporcionando tranquilidade e estrutura para sua saída temporária.

            Já o colaborador deve organizar seu departamento para que o mesmo sobreviva sem sua presença. Avise a equipe sobre o que precisa ser realizado, seja o mais especifico possível com suas tarefas, crie um  manual de suas principais funções e acredite que seu trabalho será bem feito, vão sentir sua falta e desejarem ainda mais o retorno de um profissional descansado para

desempenhar suas funções  em sua melhor forma.

            Férias é uma questão de respeito à saúde do colaborador e saúde não está ligada somente a doenças e incapacidades físicas ou mentais, mas a capacidade de satisfazer as exigências do nosso particular tipo de vida.

Então, por isso descanse e boas férias!

 

Marcos Monteiro

CRC RS 69884

Publicado dia 05/01/2012