25/11/2010

A importância de saber falar uma segunda língua


No início quando vimos diversas escolas de idiomas abrindo suas portas nas cidades de todo o país, ficamos pensando o quanto as pessoas estão se interessando em aprender uma nova língua. E se tantas pessoas procuram essas escolas é porque com certeza deve haver algum benefício em se aprender uma segunda língua.
Há algum tempo atrás ter um segundo idioma era apenas um diferencial, era algo que estava restrito a um grupo de pessoas. Hoje a coisa já está bem diferente, falar outra língua tem se tornado uma necessidade fundamental para profissionais atuantes das mais diversas áreas, e também para quem quer agregar um valor a mais em seu currículo, para que na hora de entrar no mercado de trabalho você esteja um passo a frente de muitas pessoas.
As pessoas que se graduam em Letras, por exemplo, na maioria das vezes procuram se especializar com programas de pós-graduação em cursos de Língua Espanhola, Língua Inglesa ou Tradução Inglês/Português, pois abrem muitas portas do mercado de trabalho.
Então se você estava refletindo sobre a idéia de fazer um curso de idiomas, já tem mais que motivos para ir correndo fazer a sua inscrição na escola mais próxima de você, pois quanto mais você tiver a oferecer, maiores vão ser suas chances de se destacar entre a concorrência que está cada vez maior, mas como sabemos só os melhores ocupam os lugares tão sonhados. Saber falar uma língua estrangeira nos coloca em contato com novas culuras, novas pessoas, abre um leque de opções simplesmente infinitas na nossa vida.
Ao se comunicar em uma outra língua, estamos elevando a nossa vida a um nível onde pertencemos a uma maior parte do mundo. Falar português nos deixa em contato com um mundo composto de Brasil, Portugal, Angola e alguns outros países de menor expressão. Falar espanhol te amplia para um contato com toda a América Latina, além da Espanha e outros países onde o espanhol é ensinado como segunda língua. Já com o francês, é possível atingir o Canadá, França, além de países como Marrocos. O italiano e o alemão seguem o mesmo princípio, ajudando a ampliar cada vez mais os horizontes.
Ainda não falei do inglês. Preferi deixá-lo num parágrafo separado, pois o inglês é um caso à parte. Falar inglês, hoje, é o mesmo que abrir as portas do mundo. Qualquer que seja a língua nativa de um país, são de 90% as chances de que alguém fale ou mesmo entenda este idioma. Com ele, não só é possível como natural, se comunicar com pessoas que qualquer parte do globo, como se estivessem conversando em sua língua nativa. Na internet, é muito mais fácil encontrar informações em inglês do que em qualquer outra língua. Além disso, o inglês habita boa parte da nossa vida cotidiana: as músicas que ouvimos nas rádios são, em grande número, em inglês. Os filmes que assistimos no cinema, são em inglês com legendas em português, o próprio Orkut, no começo, era em inglês.
Então, para concluir e enfatizar mais uma vez, o domínio de uma língua estrangeira, seja ela qual for, tem o poder de nos colocar em contato com pessoas que possivelmente nunca conheceríamos, nunca saberíamos da sua existência, nos insere em uma nova cultura, em um mundo extraordinariamente novo e deslumbrante. Nos permite fazer parte do todo, e sermos literalmente, cidadãos do mundo.
Publicado no dia 25/11/2010 – Jornal O Sentinela

18/11/2010

Será que alguém se conhece verdadeiramente?



Nosso cotidiano com suas imensas surpresas a cada novo dia acaba que nos colocando em prova todo dia. Não é fácil ter serenidade, coragem, segurança ou então encontrar um ponto de equilíbrio para tocar em frente a nossa vida.

Muitas pessoas acabam por perderem as "estribeiras" e com isto passam a serem mal vistas pela sociedade ou então rotuladas e várias coisas.

A grande verdade é que estamos num processo de evolução total, não somente no tocante a tecnologia, ao desenvolvimento do lugar onde habitamos, mas de nós como seres humanos.

Pois toda pessoa tem dentro de si um mundo ao qual ninguém mais tem acesso. Nele moram nossos desejos inconfessáveis, nossas mágoas mais profundas, lembranças que trancamos por vergonha, sentimentos que não encontram lugar no dia a dia, fantasias alimentadas a conta gotas e tudo mais o que não compartilhamos a toda hora ou com qualquer um sobre quem somos de verdade.

.Nem todas as pessoas gostam de manter uma relação lúdica com esse universo que habita nosso ser. Pois ele também abriga nossos piores sentimentos e as instâncias de nossa personalidade que ainda estão mergulhadas no caos ou em período de quarentena.

Ele não permite máscaras e revela o que o espelho não nos mostra cotidianamente. E é mesmo tarefa árdua mergulhar nas sombras e encontrar nossos monstros despertando de um sono profundo.

Algumas pessoas só visitam esse mundo em sonhos, pois os mantém sob máximo controle e vigilância. Outras, nele transitam de vez em quando e esboçam confissões para os poucos em quem confiem.

Quem faz análise ou terapia é convidado a acessar esse mundo escondido com maior frequência. Os que trabalham com arte, encontram ali vasto material em ebulição a ser transformado.

Há quem prefira manter esse universo trancado e se recuse a encará-lo. E para fugir de qualquer encontro indesejado, entregam-se exaustivamente às suas vidas profissionais, às compras, ao sexo, às drogas, à comida - a qualquer coisa que os aliene da existência desse "lugar" sob o qual não se tem total domínio e pode, em alguns momentos, causar dor e desestabilizar nosso ego.

. Viver imerso nele também não é saudável. Ninguém suporta a intensidade da convivência exaustiva com os próprios fantasmas.

É preciso existir a constância de respirar ares mais leves e navegar em águas calmas para que se possa resistir às tempestades.

. Mas para quem tem como objetivo desenvolver-se em todas as suas potencialidades e apropriar-se verdadeiramente de si mesmo, é fundamental que ouse mergulhar nas águas turvas desse universo interno e aprenda a nomear sentimentos, entender contradições e saber lidar com isto. Porque isso tudo faz parte de quem somos e pretendemos ser.

Publicado no dia 18/11/2010 no Jornal O Sentinela

09/11/2010

Aprender a aprender


Aprender é um momento mágico que acontece quando a informação vira conhecimento. Isso é uma transformação que ocorre dentro do cérebro humano. É um click! Aquelas palavras encadeadas que procuravam dar um sentido a um conjunto de informações, de repente, click! Viraram conhecimento. Esse momento mágico é que devia ser o objetivo de qualquer escola. Ensinar a aprender. Ensinar a transformar informação em conhecimento e conhecimento em ação, que é o próximo passo.
Qual o objetivo do ensino médio? Preparar a pessoa a viver em sociedade, com um conjunto de conhecimentos que permita a ela se inserir nesse ambiente, se relacionar, produzir, consumir, enfim, viver! Várias são as funções básicas para que isso seja possível. Uma delas é a comunicação, o uso da linguagem para exprimir idéias e sentimentos e compreendê-los. Outra é a matemática. A correlação quantitativa das coisas e eventos. Outra mais, a história. O relato dos o quês e por quês que trouxeram o mundo em geral e o nosso país em particular até aqui.
Outra, as Ciências, tratando da natureza, do ser humano e das suas interrelações nos níveis químicos, físicos e biológicos. E o nosso ambiente? A Geografia, a ecologia, e as relações sociais. Esse entendimento, que deveria ser primário, talvez não seja reconhecido pelos alunos como o objetivo do aprendizado. Talvez para eles o mais correto seria dizer: eu estudo para passar, ou estudo para me formar, ou estudo para ter um emprego e ganhar dinheiro.
A finalidade básica do aprendizado foi esquecida e mais do que isso foi deturpada. O estudo virou uma obrigação desagradável, como também o trabalho. Não precisa ser assim. Tanto um (estudo) quanto outro (o trabalho) devem ser atividades prazeirosas. O aprender nunca é chato. Estudar, sim, pode ser. Imaginem um indiozinho há 500 anos. Quando ele saía com o pai, para aprender a caçar ou pescar, o que era isso? Uma atividade lúdica onde a finalidade era bem clara e que, assim que concretizada, habilitaria o jovem índio para o futuro.
Essa correlação se perdeu atualmente em função da variedade e complexidade das informações e conhecimentos que temos disponíveis para nós e que precisam ser usadas para produzirem informações, ações e conhecimentos que poderemos usar e vender para o nosso sustento. Alunos, pais e professores, devem descobrir a forma de fazer com que nossos jovens sintam como o jovem índio que aquele aprendizado tem valor e, além disso é gostoso. Essa deve ser a nossa busca.
Nossos jovens que estão hoje na faixa do vestibular, em torno dos 18 anos, trabalharão cerca de 50 anos até a aposentadoria, se até lá ainda existir essa figura. Nesses 50 anos, em média trocarão de profissão pelo menos meia dúzia de vezes. Serão técnicos do assunto A, depois gerentes, depois o assunto A vai virar B, a tecnologia criará C que derivará em D e assim sucessivamente. O aprendizado na faculdade estará tão datado quanto um litro de leite no mercado. Teremos prazo de validade para o nosso conhecimento, que estragará se não for consumido a tempo, ou reciclado. Temos a oportunidade agora com a Internet. As informações estão lá. Nunca antes pudemos estabelecer uma correlação tão forte quanto agora, entre o que podemos aprender e como podemos aplicar em nossa vida. Não podemos nos apegar a nossa profissão original porque não sobreviveremos. Vamos procurar sempre o porque das coisas e saber que o "o que " e o "como" são circunstancias. Vamos aprender sobre pessoas, relacionamentos e comunicação. Entender o que motiva e o que afasta. Entender que apenas duas emoções movem a humanidade. O amor (prazer, satisfação, felicidade) que faz com que procuremos nos aproximar e o medo (dor, raiva) que faz com que procuremos nos afastar.
Aprender o que é natural e o que é cultural. Os dois são importantes. Comer é natural. Comer com talher é cultural. Necessidades fisiológicas são naturais. Usar o banheiro é cultural. Sexo é natural. Com camisinha é cultural. O conceito de certo e errado e bem e mal é cultural e depende do que a sociedade combinou por meio de constituição, leis, portarias, regulamentos, códigos, acordos etc.
Publicado dia 09/11/2010 no Jornal O Sentinela

04/11/2010

Saudade e esperança


    Vivemos nessa semana o feriado do Dia de Finados, daqueles que partiram deixando um abismo de saudades, dor e esperança de um dia nos encontrarmos de novo.
    Durante este feriado aproveitei o tempo para ver o filme ''Chico Xavier'',o qual conta a história do maior médium que o nosso país já possuiu.
    No filme é reproduzido um trecho de uma participação que ele fez em um programa de televisão onde afirma que ''as lagrimas por uma pessoa já falecida, quando elas são derramadas movidas pela saudade e pela esperança, elas ajudam a pessoa desencarnada e ajudam aqui as da terra; porém quando elas são de revolta e inconformidade por que de momento não podemos sondar os desígnos de Deus, elas são prejudiciais aos desencarnados e prejudiciais a nós" .
    Sabemos que tão logo a pessoa parta, não conseguimos ter este entendimento, pelo menos a grande maioria da população. A dor, a revolta, as indagações do porque aquilo aconteceu são muitas. A inconformidade toma conta de nós, porém aos poucos com o passar do tempo começamos a aceitar, mesmo muitas vezes não compreendendo, que aquela foi a vontade de Deus, pois a nossa vida é uma sementinha, que Deus planta e a ele cabe o direito de colher, como o tempo de Deus é diferente do nosso tempo, por isto essa tragédia natural sempre nos pega desprevenidos.
    Muitas pessoas encontraram na fé em Deus, aliada a esperança , o conforto para seguirem em frente, na esperança de que um dia encontrarão novamente a pessoa amada,que juntos novamente poderão caminhar.
    Uma das maiores dores quando um ente querido parte é o remorso de não ter dito para ela, o quanto ela era importante, o quanto a amávamos, isto realmente é agressivo ao nosso coração.
    Nessa triste situação da vida, também podemos usar aquela velha frase ''sempre foi assim''. O que sempre foi assim? A nossa trajetória: nascemos ,duramos alguns anos e depois morremos.
    Os que ficam acabam tendo que encontrar a paz para seguirem. Porque no começo quando perdemos um ente querido, as pessoas, amigos, vizinhos, ficam perto dando força, ajudando. Mas no máximo em três meses todas as pessoas que estão perto daquela que esta de luto, voltam ao curso normal de suas vidas, por isto se você não se apegar a Deus e na força que existe dentro de você, nada vai adiantar querer o ombro amigo das pessoas, porque depois de certo tempo elas voltarão para suas vidas.
    Finalizo este texto dizendo dois trechos de duas musicas;''saudade até que é bom ,é melhor que caminhar vazio''.''É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã''.    
    Que Deus nos ilumine.Boa semana.

Publicado no Jornal O Sentinela no dia 04/11/2010


  

Fofoca, um câncer na sociedade.


Então você soube de algo que o Sr. A fez. Nada incriminador, nem sequer digno de objeções. A menos que você tenha um motivo forte, está proibido de partilhar essa informação. Repetir fofoca muitas vezes provoca consequências negativas imprevisíveis.

Falar sobre uma indiscrição ou falha do próximo é ainda pior; isso é chamado de fofoca infundada caluniosa, é ainda pior. Alguém está tentando lhe passar alguma informação desnecessária e que não trará benefícios a ninguém? Recuse-se educadamente a ouvir, ou mude de assunto.

As palavras podem ter o potencial de causar prejuízos catastróficos, muitas vezes desmanchando famílias ou amizades. Felizmente, a percepção sobre isso tem aumentado nas últimas décadas, grandemente influenciada pela falta de tempo, evolução da sociedade e mudança de hábitos.

Portanto, se alguém tentar lhe contar uma fofoca, explique que não está interessado em ouvir. Às vezes, até um "elogio" pode ter uma conotação negativa e até irônica. Por exemplo: "Meu vizinho é um grande chef! O aroma do churrasco chega até meu pátio toda noite!" Isso às vezes pode ser uma crítica velada sobre um estilo de vida extravagante. Ou então: "Ah, nem pergunte... prefiro não falar sobre Maria…" Aqui a fofoca não foi pronunciada, mas estava nas entrelinhas...

Somos obrigados a notificar uma pessoa sobre a conspiração de outra sobre ela. Devemos também partilhar informação com qualquer pessoa em condições de ajudar a pessoa ofendida. Por exemplo, você certamente deveria informar os pais se o filho deles estiver andando com uma turma não recomendável.

Exercer o auto-controle sobre aquilo que falamos é admirável. Ainda mais notável é a capacidade de respeitar e amar verdadeiramente cada pessoa, erradicando automaticamente o negativo, e perdendo o desejo de partilhar informação negativa, porque o poder destrutivo do discurso negativo somente é superado pelo poder benéfico do discurso positivo. Elogiar e falar positivamente sobre o nosso próximo beneficia a nós mesmos, a pessoa que está sendo elogiada e toda a comunidade.

Faço uma reprise deste texto a pedido de meu amigo e leitor Vasco Carvalho, que entendeu ser este um texto construtivo, por provocar reflexão.

Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com

Publicado no Jornal O Sentinela no dia 28/10/2010

O desemprego gera crise de identidade


A perda do emprego está na lista dos piores fatores adversos que nos acontecem na vida, como as catástrofes naturais, a morte de uma pessoa amada, a doença grave, a separação ou o divórcio.

Nenhuma novidade nisso: é fácil entender que a perda do emprego seja fonte de angústia, de depressão e mesmo, às vezes, de "comportamentos anti-sociais": alcoolismo, violência familiar e condutas criminosas. Compreendemos imediatamente, por exemplo, o desespero de um chefe de família que não consegue preencher as expectativas de seus dependentes. "Se a família não pode mais contar comigo, perco minha razão de ser."

Mas há algo mais, que talvez faça do desemprego a adversidade mais danosa para nossa saúde mental. Preste atenção: no balcão de um bar, como na mesa de um jantar, se seus vizinhos forem desconhecidos, a primeira pergunta não será "quem é você?", mas "o que você faz na vida?". Se eles tiverem uma intenção alegre, talvez tentem primeiro descobrir seu estado civil. Fora isso, o interesse pela sua identidade se apresentará como interesse por seu papel produtivo.

Ora, tanto você como seu vizinho (ou vizinha) viverão essa conversa inicial como um momento, de alguma forma, falso. Pois todos sabemos que somos mais do que nosso ofício: temos histórias, amores, esperanças, interesses, paixões e crenças que, de fato, expressariam muito melhor quem somos. Ao trocarmos cartões de visita, mentimos por omissão. Identifico-me como executivo, bancário, escritor, médico, contador, radialista, mecânico, mas quem sou eu?

Não é o caso de sermos nostálgicos. Num passado não muito remoto, cada um era definido por sua proveniência, e as perguntas iniciais diziam: quem foram seus pais e antepassados? Onde você nasceu?

Prefiro os dias de hoje, em que são nossas próprias façanhas que nos definem. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres, mas acontece que a praticamos de um jeito estranho: junto com os laços que nos prendiam às nossas origens e ao passado, nossa vida concreta também é silenciada na descrição de nossa identidade. E nos transformamos em sujeitos abstratos, resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e serviços.

Conseqüência: o desemprego nos ameaça com uma perda radical de identidade. E não adianta observar que, afinal, nos sobra o resto, ou seja, toda a complexidade de nosso ser. Tipo: "Perdi meu emprego, mas ainda sou pai amoroso, amante, esposo, amigo, leitor de shakespeare e Gremista ou Colorado".

Não é por acaso que as mulheres lidam com o desemprego melhor que os homens, porque o impacto do desemprego é maior nos homens, principalmente os casados do que nos solteiros ("se não traz o feijão, você ainda é o pai?"). Já as mulheres casadas com filhos, ao perderem o emprego, sofrem menos que os homens e menos que as solteiras, porque para as mulheres, o exercício da maternidade ainda constitui uma identidade possível. "O que você faz na vida?". "Tomo conta de meus filhos." Para os homens, essa resposta não basta.

Enfim, espera-se que a economia crie empregos. Mas os poetas e os escritores, pensadores e psicólogos também têm uma tarefa crucial: são eles que podem, aos poucos, convencer a gente de que é nossa vida concreta que nos define, não nossa função produtiva.

Publicado no Jornal O Sentinela no dia 21/10/2010

Você já decidiu em quem votar no segundo turno?


Segundo turno está ai e evidentemente você já deve ter decidido em quem dar o voto de confiança.

O voto é a forma legal de escolher quem nos representará politicamente e o alistamento eleitoral é condição indispensável ao exercício da cidadania, já que através dele, o cidadão torna-se eleitor.

No Brasil, o alistamento é obrigatório aos maiores de dezoito anos e facultativo, aos analfabetos e aos maiores de setenta anos. É facultativo também, aos maiores de dezesseis e menores de dezoito anos e, vedado aos estrangeiros e aos jovens recrutados para o serviço militar obrigatório.

Neste ano vivemos momento de escolha, onde no dia 3 escolhemos senadores, deputados estaduais e federais e o governador do nosso estado. Agora estamos a caminho da escolha do Presidente do País, por isso, é necessário assim como nas escolhas feitas anteriormente, muita seriedade e responsabilidade na hora de depositar o voto na urna.

Com o nosso voto, delegamos nossas funções para outras pessoas, alguém que julgamos que vá nos representar muito bem. Alguém que lute por nossos direitos.
Diante deste quadro em que politicagem virou sacanagem, temos que mudar nossa maneira de votar. Pois candidatos a político, tem muitos, mas fazer política em favor do povo são muito poucos.

Devemos estar cientes da responsabilidade do nosso candidato eleito, temos que eleger alguém que seja nosso espelho, que tenha os mesmos ideais, que veja o país da mesma forma que vemos, que suas necessidades também sejam as nossas, e que suas propostas fechem com meus objetivos. Alguém que seja leal, íntegro, verdadeiro, que saiba o que é ter moral; alguém por quem nos orgulhe de votar nele. Tenho que verificar se ele já atuou em algum período como político e quais foram seus feitos. E se ele for candidato pela primeira vez, tenho que examinar seus projetos. E além disso, temos que analisar os ideais do partido a qual pertence nosso candidato, e quais as filosofias do partido. Não podemos dar nosso voto a alguém que pertença ao bando de corruptos, alguém que seja filho do suborno, alguém que queira trocar meu voto por um prato de comida, ou que tenha me feito pequenos favores, pois este, provavelmente será aquele que quando eleito vai me tirar a comida.

Não podemos vender e nem trocar nosso voto por nada. Nosso voto é muito precioso, dele depende nosso futuro, o futuro de uma nação, futuro do nosso Brasil.
Procedendo desta forma, e ensinando aos que estão próximos de nós, a agir como nós, pelo menos é um bom começo para votar certo.

Não esqueça que voto não tem preço, tem conseqüências! Que a sua consciência faça você efetuar a melhor escolha para todos nós. Boa Sorte!

Publicado no Jornal O Sentinela no dia 14/10/2010

Concorrência


Seguidamente ouve-se falar nos noticiários sobre as várias formas de concorrência, monopólio, oligopólio, enfim, termos que para muitas pessoas não são tão familiares, muito embora possamos ter isto muito próximo a nós.

Desta forma para esta semana resolvi conceituar estas palavras que a bem da verdade expressam as várias formas possíveis de concorrência, um texto mais técnico, porém não menos interessante, principalmente pelo seu cunho educativo e informativo.

Podemos dizer que a Concorrência Monopólica é a disputa por um mercado de bens ou serviços, entre produtores, para angariar uma fatia maior de clientes.


As variáves que orientam a concorrência mercadológica são o preço, a qualidade do produto, a disponibilidade dos pontos de venda e a imagem do produtos frente aos consumidores. Diferente da concorrência perfeita, a concorrência monopólica caracteriza-se pelo fato de empresas que produzirem produtos diferenciados, embora semelhantes.

Entre os vários exemplos de concorrência monopólica é possível citar: Marcas de sabonete; Marcas de refrigerante; Marcas de sabão em pó. Já o Monopólio tem sua origem do grego monos (um) + polein (vender), ou seja, é uma situação onde uma única empresa detêm o mercado de determinado produto ou serviço, impondo o preço aos que a comercializam.

Quando há uma situação de concorrência perfeita, a existência de concorrentes evita a fixação arbitrária de preços, estabelecendo-se de acordo com as condições do mercado e com a tendência de permanecer em patamares próximos ao custo de produção das mercadorias. Os monopólios podem surgir devido a características particulares do mercado ou devido a regulamentação governamental, o monopólio coercivo.

O monopólio é caracterizado pela presença de barreiras de entrada, como: Economias de escala, onde pequenas empresas não conseguem reproduzir os custos de produção como uma grande empresa; Direitos autoriais e patentes; Propriedade exclusiva de matéria-prima; Influência política.

Entre os vários exemplos de monopólio é possível citar: Energia elétrica; Telefonia; TV a cabo. A legislação da maioria dos países proíbe o monopólio, com exceção dos monopólios governamentais, como os Correios no Brasil. O Oligopólio deriva do grego oligos (poucos) + polens (vender), ou seja, um grupo de empresa tem o domínio de determinada oferta de produtos ou serviços.

Para acontecer o oligopólio, alguns elementos são necessários como a existência de poucas firmas, a homogeniedade dos produtos e a presença de barreiras para a entrada de novos concorrentes. As formas básicas de oligopólio são: Cartéis (coligação de vários estabelecimentos em favor próprio); Trustes (fusões de várias empresas); Holdings. Entre os vários exemplos de oligopólio é possível citar: Montadoras de veículos (Ford, WV, Fiat...); Laboratórios farmacêuticos; Aviação (TAM, GOL...). O modelo duopólico é caracterizado pela existência de apenas duas empresas no mercado.

Marcos Monteiro
      Contador

Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com
Publicado no Jornal O Sentinela no dia 07/10/2010