17/06/2010

Mentiras


Há uma área de pesquisa em psicologia que se chama "correspondência entre o fazer e o dizer", que investiga as variáveis relacionadas ao que se pode chamar de "dizer a verdade" ou "contar mentira". Estudos (Paniagua, 1989; Lima, 2004) têm investigado situações geradoras da apresentação de relato coerente (verdade) ou relato incoerente (mentira). Os parágrafos a seguir estão baseados numa interpretação dos achados desses autores

Pode-se dizer que há uma dicotomia, que seria falar a verdade, ou seja, descrever de forma coerente fatos acontecimentos comportamentos ou contar mentira, que seria apresentar uma afirmação pouco adequada ou incompatível com o que, de fato, ocorreu. Tanto falar a verdade quanto contar uma mentira, são comportamentos verbais aprendidos e mantidos pelas conseqüências que produzem, em primeiro lugar, para aquele que fala. Assim, se alguém é beneficiado por contar uma mentira, tal comportamento pode ser aprendido. Se mentir mais vezes trouxer "vantagens", ele será mantido em alta freqüência. É importante, ainda, considerar que o comportamento de mentir pode afastar ou adiar conseqüências desagradáveis, como no exemplo do marido infiel que insiste em dizer à sua mulher que não cometeu traição. Assim sendo, mentir também seria aprendido e mantido.

As crianças mentem com freqüência para seus pais quando estes costumam repreendê-las pelo que fazem, quando punem deliberadamente seus relatos sobre o que consideram ser errado ou quando limitam muito as possibilidades sobre o que as crianças podem fazer. Então, elas mentiriam para ter a oportunidade de brincar com um coleguinha que não é benquisto pela sua família, mentiriam sobre ter realizado a tarefa de casa para assistir ao seu desenho favorito.

É necessário diferenciar o comportamento de mentir enquanto relato em desacordo com acontecimentos/ fatos do relato impreciso sobre algo pela falta de habilidade em descrever. Na mentira, uma pessoa tem consciência de que (sabe que) sua descrição não é coerente com o que fez. A bem da verdade mentir não é um bom negócio, a pessoa que mente tem que viver policiando-se e além do mais é tão bom poder viver dizendo somente a verdade, durmir e acordar tranqüilo.

Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com
Publicado no Jornal O Sentinela no dia 17/06/2010

13/06/2010

Novos horizontes no Bonde do Balanço


           A vocalista da Banda teve o desejo de formar um novo projeto, uma nova banda, por isto ela, juntamente com os integrantes do bonde decidiram que o show da FEICASSIS, seria o último e após cada um seguiria seu caminho.
         Junto com Layla Deleon, também saíram o outro vocalista Eberton Luiz, o Baixista Flávio Sudati, o Baterista Diêgo Dutra.
        Para Continuar com a Banda Bonde do Balanço permaneceram o William Gomes, Jonas Lipa, Tiago Marques e Tiago Ramos.
    A notícia para os fãs foi dada através do programa do Conexão 104, no domingo posterior ao último show e também através do site de relacionamento ORKUT.

12/06/2010

FEICASSIS, um sucesso absoluto.




    Como é bom poder falar de coisas boas e muito melhor ainda quando é nossa. Hoje vou fazer alguns comentários neste meu espaço, a respeito de nossa recente FEICASSIS.
    Elogiar é sempre muito bom e todas as pessoas deveriam fazer isto sempre que tivessem motivos. Elogiar o outro faz com que ele tenha mais vontade de melhorar. E hoje quero elogiar a toda equipe que organizou e proporcionou a São Chico e região este maravilhoso evento que vinha sendo aguardado a tempo. Agradeço a equipe de recepção da feira pelo convite que me fizeram, vislumbrando em mim um perfil de cordialidade, eloqüência e elegância para que junto das simpáticas e belas Taciele e Micheli, estivesse na vitrine da feira recebendo as autoridades e visitantes. Eu sinceramente espero que tenha correspondido às expectativas.
    A praça de alimentação foi um verdadeiro sucesso, sem falar nas delícias que lá foram comercializadas. O bom é que todo mundo saiu feliz, visitamos cada um dos expositores para agradecê-los pela participação na feira, ouvimos muitos elogios, embora os que não venderam tanto quanto esperavam, argumentaram de forma gerencial sobre os resultado a médio prazo que poderá resultar a feira para eles, após a divulgação de seus produtos. E é bem isso, no cenário econômico atual, os resultando nem sempre aparecem a curto prazo e uma bom marketing dos produtos agrega muitas vezes um valor maior do que um pequeno retorno financeiro instantâneo. Ou seja, todos tem consciência de que plantaram uma sementinha.
Desde o primeiro dia da feira, já dava para perceber que seria um sucesso, pois nas outras edições não se tinha no primeiro dia um número acentuado de pessoas, como tivemos nesta. Os shows fizeram a galera dançar e aproveitar muito, começando na quinta-feira com João Luiz Correa, que agitou a galera, na sexta-feira, o Pedrinho e o Léo, fizeram as pessoas que ali estavam cantar e participar de seu show de uma forma que eu nunca tinha visto o povo tão desinibido e participativo, realmente estão de parabéns, no sábado o lonão de eventos este realmente lotado, muita gente mesmo, a galera veio em massa para o show da O Bam da Boa, que eu particularmente não gostei muito e justifico perfuntoriamente: a forma de conduzir o show, repertório ultrapassado e postura de palco. No domingo, o Bonde do Balanço corou junto com seu grande público, diga-se, pelo adiantado da hora e por se tratar de domingo, a galera mesmo assim dançou e aproveitou até o último minuto, muito mais ainda pelas surpresas que o Bonde apresentou: bailarinos, novo repertório, coreografias, enfim mostraram seu comprometimento com o público que ali estava.
    A imprensa que majestosamente fez seu trabalho de divulgação está de parabéns e como membro da casa não posso deixar de parabenizar o Jornal Sentinela e a Rádio Sentinela pela cobertura total do evento, bem como parabenizar as outras emissoras que também estiveram levando a nossa feira a mais lares: Rádio Interativa, Rádio Verdes Vales, Rádio Difusão Assisense e Rádio Verdes Pampas, todas com excelentes profissionais e através da boa comunicação serviram de olhos para as pessoas que estavam em casa. Saliento e agradeço o carinho e a atenção de meu colega de comunicação Chaplin, ao me entrevistar durante minha atividade de recepcionista e secretário do Festival, aliás o I Musicanto da Juventude, foi um sucesso e sem dúvidas será um instrumento para potencializar os talentos que temos em nossa terra e também na região. É realmente são tantas coisas legais que tenho certeza que meu espaço será infinitamente pequeno para elencar tudo.
Algo muito positivo que considerei também foi o fato de ter corrido tudo tranqüilo, sem brigas, tudo na paz como diz a galera. A simpatia dos expositores era realmente cativante, entre tantos cito o carinho da equipe da Paprica, ao receber os visitantes, realmente fizeram bonito. Antes de findar meu texto quero parabenizar ao Rogério Ayres, também colega de comunicação e sua filha Maytê Ayres, pela brilhante apresentação do Musicanto, parabenizar ao Herton Couceiro pelo evento, o qual incansavelmente trabalhou para sua realização.
Agradeço a loja Bom Filho, que embora sobrecarregada em sua prestação de serviços durante a feira, me prestou um de seus serviços com a maior agilidade e presteza possíveis. Enfim não conseguirei parabenizar a todos por isso parabenizo o Secretário Sergio Oliveira e estendo a todos que foram responsáveis pela brilhante feira que tivemos. Parabéns a São Chico que teve seu nome realçado na região.
Publicado no Jornal O Sentinela, no dia 10/06/2010

Fofoca, um câncer na sociedade.


  Então você soube de algo que o Sr. A fez. Nada incriminador, nem sequer digno de objeções. A menos que você tenha um motivo forte, está proibido de partilhar essa informação. Repetir fofoca muitas vezes provoca consequências negativas imprevisíveis.

Falar sobre uma indiscrição ou falha do próximo é ainda pior; isso é chamado de fofoca infundada caluniosa, é ainda pior. Alguém está tentando lhe passar alguma informação desnecessária e que não trará benefícios a ninguém? Recuse-se educadamente a ouvir, ou mude de assunto.

As palavras podem ter o potencial de causar prejuízos catastróficos, muitas vezes desmanchando famílias ou amizades. Felizmente, a percepção sobre isso tem aumentado nas últimas décadas, grandemente influenciada pela falta de tempo, evolução da sociedade e mudança de hábitos.

Portanto, se alguém tentar lhe contar uma fofoca, explique que não está interessado em ouvir. Às vezes, até um "elogio" pode ter uma conotação negativa e até irônica. Por exemplo: "Meu vizinho é um grande chef! O aroma do churrasco chega até meu pátio toda noite!" Isso às vezes pode ser uma crítica velada sobre um estilo de vida extravagante. Ou então: "Ah, nem pergunte... prefiro não falar sobre Maria…" Aqui a fofoca não foi pronunciada, mas estava nas entrelinhas...

Somos obrigados a notificar uma pessoa sobre a conspiração de outra sobre ela. Devemos também partilhar informação com qualquer pessoa em condições de ajudar a pessoa ofendida. Por exemplo, você certamente deveria informar os pais se o filho deles estiver andando com uma turma não recomendável.

Exercer o auto-controle sobre aquilo que falamos é admirável. Ainda mais notável é a capacidade de respeitar e amar verdadeiramente cada pessoa, erradicando automaticamente o negativo, e perdendo o desejo de partilhar informação negativa, porque o poder destrutivo do discurso negativo somente é superado pelo poder benéfico do discurso positivo. Elogiar e falar positivamente sobre o nosso próximo beneficia a nós mesmos, a pessoa que está sendo elogiada e toda a comunidade.

Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com
Publicado no Jornal O Sentinela, no dia 27/05/2010.

Personalidade


Muitas vezes escutamos falar, em linguagem popular, de "personalidade" fazendo referência a uma realidade herdada que não muda e que é permanente. Atribui-se a essa "personalidade" o tipo de comportamento de cada pessoa. Mas, na verdade, penso que na realidade é bem diferente, pois o termo personalidade nada mais é do que uma palavra que descreve um conjunto de condutas habituais numa pessoa. Personalidade, ética, moral na verdade estão todas interligadas e embora possuam conceitos fáceis de compreender, tornam-se complexas quando analisadas. É assim como utilizando o termo personalidade para explicar tudo, finalmente não conseguimos explicar nada.

Geralmente ficamos pensando por que uma pessoa é extrovertida ou tímida e a resposta mais comum é: "Porque a sua personalidade é assim". Esse tipo de resposta é semelhante a dizer: "Por que fulano é tão veloz correndo? E responder: Porque ele é rápido."

O verdadeiro motivo de ser veloz não deveria ser procurado na suposta rapidez, mas no tipo de musculação, alimentação, tempo de treinamento, etc.

Esse exemplo ajuda a compreender que a mesma coisa acontece com conceitos psicológicos tais como extroversão, introversão, timidez, agressividade, etc, pois esses termos não explicam coisa nenhuma. Acredito que a verdadeira origem de todo comportamento reside no aprendizado que a pessoa realizou durante toda a sua vida. Neste ponto podemos até abordar uma questão que tenho certeza que alguém já ouviu: "Fulano não tem cultura!" Isso é um absurdo, a afirmativa da frase anterior responde esta questão, todas as pessoas tem cultura, elas adquirem cultura a partir do nascimento, toda sua vivência produz cultura, aprendizado junto ao povo onde vivem, ao meio que as rodeia.

Algumas não contentam-se e buscam um aprendizado maior, saem de seu meio e vão conhecer novas costumes, outros povos, enfim proporcionam-se uma vivência com outras pessoas de realidades diferentes, desta forma aprimorando seus conhecimentos que resultam em maior cultura. Ai são consideradas pelas sociedade como pessoas cultas. Bom após este parêntese para falar sobre cultura voltamos ao assunto em tela.

Penso que os comportamentos são aprendidos através de diferentes mecanismos e quando examinamos condutas, a herança genética não é deva ser a de maior peso. Todos os comportamentos, pelo fato de serem aprendidos, podem ser modificados e melhorados, por mais enraizada que esteja esta conduta, sempre poderá ser mudada.

Grande parte do nosso comportamento está voltado ao relacionamento que estabelecemos com as outras pessoas e, nessa inter-relação, vejo que as pessoas comportam-se de 3 maneiras diferentes:

- De forma passiva: via de regra, a pessoa passiva, cala ou dissimula as suas próprias idéias através de diferentes meios. Se nos considerarmos inferiores aos outros e antepomos os seus desejos e preferências aos nossos, certamente não diremos aquilo que pensamos.

- De forma agressiva: quando consideramos que os outros estão num nível inferior ao nosso; que os seus desejos ou os seus direitos não valem muito confrontados aos nossos e que, mais do que nada devemos impor a nossa opinião, agimos de maneira agressiva.

Entre esses dois modos de inter-relação com as pessoas (passiva e agressiva) existe um terceiro modo que seria o adequado. Denomina-se ASSERTIVO.

-De forma diplomática: quando interagimos com os outros num nível de igualdade, permanentemente levamos em consideração os nossos direitos, bem como os direitos das outras pessoas. É nesse momento no qual estamos sendo diplomáticos, ou seja, manifestamos como nós somos em verdade, podemos dizer as coisas do nosso modo, segundo os nossos direitos, mas sem agredir ninguém, com um tom de voz ou mesmo a forma de olhar.

Seja qual for o nosso estilo de conduta, como já dissemos, sempre poderá ser modificado. Para melhorarmos, devemos levar totalmente a sério esse objetivo e estarmos dispostos a assumirmos riscos.

Como disse Raul Seixas: "Prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."

Desejo aos nossos amigos leitores e em especial aos nossos assinantes um excelente FEICASSIS.

Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com
Publicado no Jornal O Sentinela no dia 02/06/2010