13/03/2010

A ilusão do emprego


    Essa história de desemprego, não é de agora que ouvimos falar e infelizmente muitos de nós já sentimos na pele o terror de estarmos desempregados.
    Vivemos numa região que tem dificuldades na oferta de empregos, devido ao pouco desenvolvimento industrial e econômico em geral.
    Com isto surge a idéia e muitas vezes a necessidade de ir embora para outras cidades, na busca constante, de uma colocação no mercado de trabalho.
    Movidos pela ânsia de trabalhar, as pessoas frequentemente não analisam e muito menos planejam esta mudança. Ou seja, é preciso levar em consideração alguns detalhes, entre eles, o custo de vida na cidade pretendida. Eu tenho um amigo que me dizia "vou embora para Santa Catarina, lá eu tenho um parente que já me arrumou um trabalho, onde irei ganhar R$700,00." Logicamente eu o questionei se ele achava esta quantia suficiente, pois para mim não é nem preciso formação na área financeira, para de cara, perceber que tal valor não contemplaria todas as despesas de meu amigo.
    Mas veementemente ele me disse que claro que seria o suficiente, porque ele era solteiro, moraria numa pensão que custaria R$150,000 e gastaria pouco em alimentação.
    Infelizmente este é o pensamento é o pensamento de muitas pessoas, a ânsia de trabalhar cega-as em relação à realidade da vida, impedindo que pensem a longo prazo e nas conseqüências geradas por isto.
    Será que este meu amigo pretende morar na pensão o resto da vida? E além do mais os gastos não se resumem em moradia e alimentação, como todas as pessoas sabem, principalmente os chefes de família, sustentar uma casa não é nada fácil. Outro pensamento equivocado também é aquele de achar que o salário inicial é baixo, mas depois vai melhorar, a bem da verdade, todos nós sabemos que nunca melhora tanto assim, o "plus" que ganha os vencimentos nunca são compensatórios assim.
    Exatamente este mesmo pensamento tem as pessoas que sonham passar em um concurso público, elas muitas vezes prestam concurso para outras cidades, onde terão todas as despesas maximizadas, para um cargo que paga um salário muitas vezes equivalente ou semelhante ao salário mínimo, na esperança de que é inicial, que vai melhorar, sem saberem que o salário será aquele para sempre, as poucas e pequenas alterações que haverá serão as revisões gerais anuais, como são feitas para o salário mínimo e algumas vantagens com triênio, a cada três anos, mas na verdade tudo muito pouco expressivo.
    Aqui elenquei algumas preocupações a respeito do assunto, claro que poderíamos se espaço tivesse estender muito mais as condições, porém fica o convite para que você tome suas decisões pautadas no planejamento e no pensamento racional.

Este texto foi publicado no Jornal O Sentinela no dia 07 de Janeiro de 2010, embora ele fuja a ordem de publicação que vinha sendo observada para o blog, não poderia deixar de acrescentá-lo, o que não houve no momento oportuno porque o texto havia sido perdido.

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