07/04/2010

Capital Erótico



    Quem assistiu aos noticiários nesta semana provavelmente ficou sabendo da nova pesquisa realizada. Ao longo das décadas vividas, a humanidade passou por algumas "eras". Atualmente ouvimos dizer que estamos na "era do conhecimento", período que acredito que irá eternizar-se, porque não vejo possibilidade de deixarmos o conhecimento de lado para focarmos em outro ponto. A tendência é que cada vez mais as pessoas queiram conhecimento, através dele surgem todas as facilidades e respostas que diariamente estamos recebendo, algumas de graça e outras a altos preços.
    Mas enfim, estamos numa busca tão incessante de conhecimento que chega a fazer-se pesquisa sobre qualquer coisa, ou melhor, pesquisar coisas já existentes para apenas dar-lhes um novo nome, foi o que pensei quando fiquei sabendo do estudo da socióloga Catherine Hakim, que apresentou um estudo sobre o "Capital Erótico".
    Para quem duvidava que beleza e sex appeal, contassem alguns pontinhos, na atual cultura moderna e sexualizada que vivemos, agora conta com o estudo científico desta socióloga, que atenta para o surgimento de uma quarta categoria de habilidades pessoais, para integrar com os já existentes capitais: Cultural, econômico e social.
    A estudiosa afirma que pessoas detentoras de capital erótico, possuem um poder de atração física e social maior do que o dos demais, desta forma se tornando companhias admiradas. Além de serem mais persuasivas e pasmem, quase sempre vistas como mais honestas e competentes.
    O estudo também aponta mais facilidade para fazer amigos, conseguir empregos e casar e ainda ganham, em média, 15% a mais – isto foi o que disse o jornalista ao comentar sobre a pesquisa.
    Nós brasileiros, povo visto naturalmente como muito belo, ouvimos dez vez em quando o seguinte: "as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental", taí, não precisou estudo científico para fazermos esta grande descoberta.
Agora nesta pesquisa algo chama atenção positivamente, o fato do capital erótico não compensar a falha em outro quesito. Ele se tornou tão importante quanto as demais formações pessoais. E, segundo ela, ele pode ser treinado.
    Bom tomara que isto realmente seja verdade, que um corpinho no lugar não dispense a competência, porque ao contrário muita gente pagará o alto preço por não ser belo, ou ter um padrinho, sem contar no fato de muitos serem engolidos pelo monstro da politicagem, que não olha para competência e sim para conveniência.
Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com

Texto publicado no dia 01/04/2010, no Jornal O Sentinela.

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