O que é errar? Seria o contrário de acertar? Seria ignorar a verdade? Seria um atributo dos toscos, ignorantes e imperfeitos? Qual a função do erro na natureza e na natureza humana?
Na faculdade aprendemos que Immanuel Kant afirmava que os homens não evoluem enquanto indivíduos, mas enquanto espécie e ainda dizia que era na esfera do conflito que nós nos aprimoraríamos. Baseado nesta afirmativa, poderíamos concluir que nossas dificuldades de relacionamento uns com outros e nas tentativas de domínio de mundo/natureza é que existiria evolução.
Os homens não são bons uns para os outros, a natureza não é boa e pacífica para os homens e é na adversidade que crescemos, pois, para o domínio de si e do mundo, nós cometemos erros. A frase popular afirma que "errar é humano", mas continuar errando é "humano demais". Mas se não fôssemos humanos demais não existira aprendizado.
Todos erramos. Erramos como pais ao mimar demais os nossos filhos, ao superprotegê-los ou ao nos amarmos mais do que os amamos, relegando a educação dos mesmos a terceiros.
Erramos como filhos ao desprezar nossos pais, valorizando a competitividade no ambiente de trabalho e a nossa vida pessoal em detrimento dos mesmos, ou a mimá-los demais, tornando-os inúteis. Erramos como esposos e esposas, como funcionários, como amigos, como irmãos, enfim... Erramos sempre.
Reconhecer que erramos, paradoxalmente ao erro, não é sinal de imperfeição, mas de engrandecimento do que erra. É preciso ser grandioso para reconhecer as próprias falhas. Só os medíocres não reconhecem que erraram e temem que os seus equívocos sejam apontados.
É do erro que surge o acerto, do imperfeito que surge a perfeição, da busca que se encontra a verdade. Quem não erra, não vive. Quem não reconhece o erro, não é digno de ser ouvido. Quem não tenta acertar, já morreu. Erre, acerte, viva, lute pelo que deseja e acredite, pois sem isso não há evolução humana e, sem evolução, não cumprimentaremos o nosso destino kantiano de sermos perfeitos.
Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com
Publicado no dia 02/12/2010 no Jornal O Sentinela
Todos erramos. Erramos como pais ao mimar demais os nossos filhos, ao superprotegê-los ou ao nos amarmos mais do que os amamos, relegando a educação dos mesmos a terceiros.
Erramos como filhos ao desprezar nossos pais, valorizando a competitividade no ambiente de trabalho e a nossa vida pessoal em detrimento dos mesmos, ou a mimá-los demais, tornando-os inúteis. Erramos como esposos e esposas, como funcionários, como amigos, como irmãos, enfim... Erramos sempre.
Reconhecer que erramos, paradoxalmente ao erro, não é sinal de imperfeição, mas de engrandecimento do que erra. É preciso ser grandioso para reconhecer as próprias falhas. Só os medíocres não reconhecem que erraram e temem que os seus equívocos sejam apontados.
É do erro que surge o acerto, do imperfeito que surge a perfeição, da busca que se encontra a verdade. Quem não erra, não vive. Quem não reconhece o erro, não é digno de ser ouvido. Quem não tenta acertar, já morreu. Erre, acerte, viva, lute pelo que deseja e acredite, pois sem isso não há evolução humana e, sem evolução, não cumprimentaremos o nosso destino kantiano de sermos perfeitos.
Contato: marcosmonteiro9@hotmail.com
Publicado no dia 02/12/2010 no Jornal O Sentinela
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