07/08/2011

A lição do Elefante


Para esta semana vou usar uma crônica que li e comentei em meu programa radiofônico, no domingo, a qual embora simples, tenha um sentido muito intenso. Leia e pense se isto não está acontecendo em sua vida também. Gostaria muito de comentá-la, como fiz no rádio, porém este espaço é limitado, portanto vou deixar que o seu senso crítico e a sua consciência falem por si só. A crônica chama-se “ A lição do Elefante” e é de autoria desconhecida.

Todos nós ficamos admirados quando vamos a um circo e percebemos como os elefantes, animais grandes e fortes, se deixam dominar por uma corda.

Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de peso, tamanho e força. Mas depois de sua atuação, e até um segundo antes de entrar em cena, o elefante permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.

Sem dúvida alguma a estaca é só um pedaço de madeira, enterrado alguns centímetros na terra.

E, ainda que a corrente seja grossa e poderosa, é óbvio que esse animal, capaz de arrancar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancar a estaca e fugir.

O "mistério" é evidente! O que o mantém, então? Por que não foge?

O elefante não escapa porque esta amestrado, dominado.

Se está amestrado, por que o prendem? O elefante do circo não escapa porque tem permanecido atado desde muito, muito pequeno.

Imagine o pequeno recém-nascido sujeito à estaca. Tenho certeza de que ele puxa, força, faz de tudo pra se soltar. Apesar de todo o esforço, não pôde libertar-se. A estaca é certamente muito forte para ele.

Certamente dorme esgotado e no outro dia continua tentando, e também nos outros dias que se seguem... Até que um dia, um terrível dia para sua história, o animal aceita sua impotência e se conforma com seu destino.

O Elefante enorme e poderoso que vemos no circo não escapa porque crê, realmente, o pobre, que não pode. Ele tem o registro e a recordação de sua impotência, daquela impotência que sentiu pouco depois de nascer... E o pior é que jamais volta a questionar seriamente esse registro.

Jamais... jamais volta a colocar à prova sua força outra vez ... E, na verdade, o mesmo acontece conosco!

Vivemos crendo que um montão de coisas "não podemos". Simplesmente porque, alguma vez, quando éramos crianças, tentamos e não conseguimos.

Fazemos, então, como o elefante: gravamos em nossa memória: "Não posso...

Não posso e nunca poderei.

Crescemos carregando essa mensagem que impusemos a nós mesmos... e nunca mais voltamos a tentar. Quando muito, de vez em quando, sentimos as correntes, fazemos soar o seu ruído, ou olhamos com o canto dos olhos a estaca e confirmamos o estigma: "Não posso e nunca poderei!"

A única maneira de tentar de novo é colocando muita coragem em nossa cabeça e em nosso coração!" E os nós? Porque muitos não conseguem romper? O que poderia estar causando a paralisia emocional ou espiritual?

Publicado no Jornal O Sentinela no dia 13/04/2011

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