Eu não sei se você já pensou, mas a mim já passou pela cabeça tal proeza. Fiquei imaginando uma forma de acabar com as desigualdades econômicas do mundo e logo cheguei a conclusão de que poderia-se dividir então, toda riqueza do mundo, isso faria com que reinasse a igualdade e sanaria com a triste realidade que temos de ver, ler e assistir na televisão pessoas passando fome, marginalizadas pela pobreza.
Eu não quero deixar morrer dentro de mim o espírito jovem revolucionário, de que posso mudar o mundo e vou encontrar a formula para fazer imperar a paz, penso que a maioria dos jovens carrega esta espectativa dentro de si, por isso que reafirmo, que não quero que isso morra em mim, pois ao conversar com várias pessoas de mais idade, me disseram que há muito tempo já perderam esta espectativa, que esta coragem toda é coisa da juventude.
Não sei se a ideia se encaixa neste conceito, mas o que sei é que infelizmente isto geraria uma guerra incomensurável e não surtiria o efeito esperado, porque?
Porque provavelmente aconteceria o que acontece a todo momento diante de nossos olhos, podemos pegar como exemplo os governos paternalistas que criam diversos auxílios que é claro, para alguns é usado como uma forma de crescimento e desenvolvimento dos cidadãos, mas para muitos isto serve como amparo para não trabalhar, aquela velha história, “não dar o peixe, mas sim ensinar a pescar”.
Com exemplos como este chego a conclusão que não resolveria dividir a riqueza mundial para acabar com a desigualdade do mundo, pois em pouco tempo estariamos novamente num quadro de desigualdade social. Pense se não iria acontecer isto: “Todas as pessoas teriam o mesmo valor em dinheiro, rapidamente aquela que pensa em crescer e se desenvolver abrirá uma empresa, a outra que não curte muito trabalhar e agora encontra-se numa situação boa porque foi tirada da pobreza, vai virar consumidora da que instalou a empresa. Em muito pouco tempo a empresária estará com seu patrimonio multiplicado enquanto a que apenas ficou na sombra e água fresca, apenas consumindo, dilapidou seu patrimônio e desta forma começaria tudo de novo”.
Esta e muitas outras ideias tenho certeza que já passou pela cabeça de muitas pessoas, mas pena que o que é criado pelo homem, acaba sendo destruído por ele mesmo, realmente é muito difícil tentar entender porque o homem faz da nossa existência algo tão complexo, cria situações que não precisaria, tortura, maltrata e traumatiza povos com condutas que não se entende porque de tamanha ignorância.
Todos vivemos numa busca insessante pela felicidade, a esperança de um dia sermos felizes é o que alimenta nossa alma para termos coragem de enfrentar cada novo dia com todos os obstáculos que surgem, então porque não nos ajudarmos uns aos outros, porque não somar o conhecimento adquirido por cada um para resolver este grande problema?
Começando pela nossa cidade então, quem sabe as pessoas de mais posse não dão uma ajudinha para o desenvolvimento do nosso povo e consequentemente da nossa cidade, mas me refiro apenas as que realmente possuem como ajudar, não aos “pobres disfarçados de ricos” que enrrolados no manto da arrogância e da austeridade, olham para as pessoas pobres como um lixo e não como um ser humano com um coração batendo e um sonho no peito como todos nós. Ajudar não doi enobrece e alegra o coração.
Publicado no Jornal O Sentinela no dia 12/11/2009
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